A bursite é uma inflamação de toda e qualquer bursa, que consiste numa espécie de bolsa que reveste áreas proeminentes de articulações. Essa bolsa nada mais é do que uma camada de tecido conectivo (elemento básico dos tendões, ossos, músculo e pele) associada a células bursais. Tem consistência gelatinosa a olho nu. Tende a ser bem fina e larga, dependendo da região que se localiza.

A função dessas estruturas primordialmente é de proteger contra atrito externo a porção mais proeminente da articulação, seja ela um osso, um tendão ou mesmo a cápsula da articulação. Dessa forma, pode-se dizer que age como uma almofada de contra contato de agentes externos em contato com nosso corpo.

Pelo fato da bursa ser um tecido superficial no nosso corpo e localizada próximo a articulações, está sujeita a ação de forças mecânicas, como compressão, distração e torção. Portanto, suscetíveis a se inflamar.

Qualquer processo inflamatório nestes tecidos moles será percebido frequentemente pela pessoa com dor e possivelmente inchaço na articulação.

Apesar da grande chance de se inflamar pela ação de forças mecânicas, existem outras causas de bursite, listadas a seguir: traumatismo local, infecções e reumatismo.

Diagnóstica-se pela história e exame físico realizados pelo médico responsável pela avaliação inicial. Exames de ultrassonografia e ressonância confirmam o processo.

Para uma bursite recente (aguda), de origem não infecciosa ou reumatológica) o tratamento inclui repouso e aplicação de compressas frias sobre a região com o problema, além do uso de medicações analgésicas e anti-inflamatórias.

Fisioterapia e acupuntura são terapias auxiliares muito usadas também. São geralmente indicadas após consulta médica para confirmar diagnóstico.

O acompanhamento multiprofissional, com médico e terapeutas, é ideal para adequado tratamento.

Recomendações

  • Não se automedicar;
  • Deixar a área afetada descansar o máximo possível;
  • Fazer aplicações de compressas geladas no local (por no máximo 20 minutos);
  • Procurar descobrir as atividades que causam o processo inflamatório e evite-as;
  • Fazer exercícios de alongamento, fortalecimento muscular e dos tendões ou fisioterapia apenas sob a orientação de um profissional especializado.A melhor forma de confirmar o diagnóstico é a união de todos os dados pelo seu médico, podendo-se definir o melhor tratamento de forma personalizada. Em caso de dúvidas entre em contato.
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Dr. Cassio Trevizani

Traumatologia do Esporte

A traumatologia do esporte trata lesões decorrentes da prática esportiva, como fraturas, entorses, e lesões musculares e tendíneas. Focada na prevenção, diagnóstico e tratamento, visa a rápida recuperação e retorno seguro às atividades físicas. Envolve equipes multidisciplinares para abordar aspectos físicos e funcionais dos atletas.

Artrose

Segundo a OMS, a artrose atinge quinze milhões de brasileiros e é a quarta enfermidade que mais diminui a qualidade de vida, especialmente preocupante para a população idosa crescente. A doença afeta cartilagens, ligamentos e o líquido sinovial, comprometendo a função deslizante das articulações.

Artroscopia (Geral)

A artroscopia é um procedimento minimamente invasivo que utiliza uma câmera para guiar instrumentos cirúrgicos dentro das articulações, permitindo diagnósticos precisos e tratamentos com menos agressão aos tecidos e menor tempo de recuperação. Comumente usada em joelhos e ombros, a técnica se expandiu para outras articulações, como tornozelo e quadril. Seus benefícios incluem menor perda de sangue e rápida recuperação, com riscos mínimos quando realizada por profissionais capacitados.

Luxação de Ombro

As luxações do ombro são urgências médicas e devem ser tratadas rapidamente para minimizar complicações. O tratamento inclui reposicionamento da articulação por um ortopedista, seguido de imobilização e exames complementares para avaliar lesões internas. Dependendo da gravidade das lesões, o tratamento pode ser conservador com medicação e imobilização ou cirúrgico para reparar tecidos danificados, com o objetivo final de obter um ombro estável e funcional.

Fraturas no Ombro

Fraturas do terço proximal do úmero são a terceira mais comum, variando muito em tipos e necessitando de tratamentos individualizados. O tratamento conservador, com imobilização e medicação, é indicado para fraturas sem grandes desvios, enquanto fraturas instáveis ou com grandes desvios geralmente requerem cirurgia para restaurar a anatomia e permitir mobilização precoce. Em caso de suspeita, consulte um ortopedista rapidamente.

Síndrome do Manguito Rotador

A síndrome do manguito rotador é causada por fatores mecânicos e biológicos que levam à degeneração dos tendões. Diagnósticos precoces com exames de imagem e tratamentos adequados, incluindo medicações e fisioterapia, são essenciais. Casos graves podem necessitar de artroscopia, uma técnica cirúrgica moderna que permite recuperação mais rápida e segura. Se sentir dor no ombro, procure um ortopedista imediatamente.

Lesões tipo SLAP

As lesões do lábio superior (SLAP) afetam principalmente esportistas que utilizam muito a rotação dos ombros, causando dor progressiva que pode se tornar constante. Diagnóstico preciso geralmente requer ressonância magnética, e tratamentos iniciais incluem medicação e terapia, com cirurgia necessária em casos mais graves. O encaminhamento precoce é crucial para melhores resultados

Capsulite Adesiva (ombro congelado)

A capsulite adesiva, que afeta 3-5% da população, principalmente mulheres de 40 a 60 anos, diabéticos, e portadores de doenças da tireoide, causa dor e limita a movimentação do ombro. Embora benigna e autolimitada, pode durar um a dois anos. O tratamento envolve medicação, fisioterapia e, raramente, cirurgia para aliviar a dor e restaurar o movimento. É importante procurar um especialista para o diagnóstico e tratamento adequado.

Epicondilite Lateral (dor no cotovelo do atleta)

A epicondilite, popularmente conhecida como cotovelo de tenista, afeta quem realiza esforços repetitivos no punho e antebraço. Causada pela inflamação dos tendões extensores do punho, os sintomas começam gradualmente, podendo dificultar movimentos diários. O tratamento inicial inclui analgésicos, anti-inflamatórios, fisioterapia e, em casos graves, cirurgia. Procure um ortopedista para diagnóstico e tratamento eficaz.

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