Artroscopia do ombro

Técnica cirúrgica usada pelos ortopedistas para avaliar, diagnosticar e reparar lesões dentro e fora do ombro. Apesar do entendimento popular, não é um tipo de cirurgia. Na verdade, é um tipo de acesso para se realizar uma cirurgia, ou mais especificamente, um tipo de via para ela.

A artroscopia do ombro se consolidou como ferramenta muito importante para a ortopedia e a medicina esportiva, já que os problemas dessa articulação ocorrem nas camadas mais profundas, exigindo assim vias cirúrgicas muito extensas anteriormente ao surgimento dessa técnica.

As artroscopias do ombro são realizadas mais comumente para as seguintes finalidades: reparo do manguito rotador, tratamento de impacto subacromial, reparação de lesões do labrum, reparação de lesões de ligamentos, remoção de tecidos inflamados, e, tratamento de luxação recidivante do ombro.

Alguns procedimentos para tratamento de problemas menos comuns, como a liberação do nervo supraescapular, a fixação de pequenas fraturas e excisão de cistos pequenos também podem ser realizados por meio da artroscopia do ombro. Por outro lado, algumas cirurgias maiores, como a prótese de ombro e o reparo de fraturas extensas, ainda necessitam de cirurgia aberta, com incisões convencionais maiores.

Para a artroscopia do ombro o cirurgião insere um artroscópio, instrumento fino e longo com uma câmera acoplada na ponta, através de pequena incisão dentro da articulação e usa as imagens captadas por ela para guiar os outros instrumentos cirúrgicos inseridos por outras pequenas incisões, tal qual um videogame. Ele permite que sejam visualizadas as estruturas mais internas do ombro, portanto, sem a necessidade de grandes aberturas para tal.

A maioria dos procedimentos de artroscopia do ombro tem duração de cerca de uma hora e meia a duas horas e meia, justamente pela maior rapidez de acessar a articulação e, depois de realizada os reparos necessários, sair e fechar as incisões pequenas.

É necessário anestesia geral, em que o paciente fica totalmente sedado com tubo endotraqueal para suporte, de forma segura e controlada pelo anestesista.

Embora a recuperação da artroscopia seja muitas vezes mais rápida do que a recuperação da cirurgia aberta, pelo fato de não ocorrer agressão em estruturas musculares e tendíneas para acesso a articulação, são necessárias algumas semanas para que a articulação do ombro possa se recuperar completamente.

Vale lembrar que a escolha por essa via cirúrgica ocorre baseado no tipo de reparos ou ações a serem realizadas no procedimento.

Fale com seu ortopedista e esclareça suas dúvidas antes de decidir qual método usar.

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Dr. Cassio Trevizani

Traumatologia do Esporte

A traumatologia do esporte trata lesões decorrentes da prática esportiva, como fraturas, entorses, e lesões musculares e tendíneas. Focada na prevenção, diagnóstico e tratamento, visa a rápida recuperação e retorno seguro às atividades físicas. Envolve equipes multidisciplinares para abordar aspectos físicos e funcionais dos atletas.

Artrose

Segundo a OMS, a artrose atinge quinze milhões de brasileiros e é a quarta enfermidade que mais diminui a qualidade de vida, especialmente preocupante para a população idosa crescente. A doença afeta cartilagens, ligamentos e o líquido sinovial, comprometendo a função deslizante das articulações.

Artroscopia (Geral)

A artroscopia é um procedimento minimamente invasivo que utiliza uma câmera para guiar instrumentos cirúrgicos dentro das articulações, permitindo diagnósticos precisos e tratamentos com menos agressão aos tecidos e menor tempo de recuperação. Comumente usada em joelhos e ombros, a técnica se expandiu para outras articulações, como tornozelo e quadril. Seus benefícios incluem menor perda de sangue e rápida recuperação, com riscos mínimos quando realizada por profissionais capacitados.

Luxação de Ombro

As luxações do ombro são urgências médicas e devem ser tratadas rapidamente para minimizar complicações. O tratamento inclui reposicionamento da articulação por um ortopedista, seguido de imobilização e exames complementares para avaliar lesões internas. Dependendo da gravidade das lesões, o tratamento pode ser conservador com medicação e imobilização ou cirúrgico para reparar tecidos danificados, com o objetivo final de obter um ombro estável e funcional.

Fraturas no Ombro

Fraturas do terço proximal do úmero são a terceira mais comum, variando muito em tipos e necessitando de tratamentos individualizados. O tratamento conservador, com imobilização e medicação, é indicado para fraturas sem grandes desvios, enquanto fraturas instáveis ou com grandes desvios geralmente requerem cirurgia para restaurar a anatomia e permitir mobilização precoce. Em caso de suspeita, consulte um ortopedista rapidamente.

Síndrome do Manguito Rotador

A síndrome do manguito rotador é causada por fatores mecânicos e biológicos que levam à degeneração dos tendões. Diagnósticos precoces com exames de imagem e tratamentos adequados, incluindo medicações e fisioterapia, são essenciais. Casos graves podem necessitar de artroscopia, uma técnica cirúrgica moderna que permite recuperação mais rápida e segura. Se sentir dor no ombro, procure um ortopedista imediatamente.

Lesões tipo SLAP

As lesões do lábio superior (SLAP) afetam principalmente esportistas que utilizam muito a rotação dos ombros, causando dor progressiva que pode se tornar constante. Diagnóstico preciso geralmente requer ressonância magnética, e tratamentos iniciais incluem medicação e terapia, com cirurgia necessária em casos mais graves. O encaminhamento precoce é crucial para melhores resultados

Capsulite Adesiva (ombro congelado)

A capsulite adesiva, que afeta 3-5% da população, principalmente mulheres de 40 a 60 anos, diabéticos, e portadores de doenças da tireoide, causa dor e limita a movimentação do ombro. Embora benigna e autolimitada, pode durar um a dois anos. O tratamento envolve medicação, fisioterapia e, raramente, cirurgia para aliviar a dor e restaurar o movimento. É importante procurar um especialista para o diagnóstico e tratamento adequado.

Epicondilite Lateral (dor no cotovelo do atleta)

A epicondilite, popularmente conhecida como cotovelo de tenista, afeta quem realiza esforços repetitivos no punho e antebraço. Causada pela inflamação dos tendões extensores do punho, os sintomas começam gradualmente, podendo dificultar movimentos diários. O tratamento inicial inclui analgésicos, anti-inflamatórios, fisioterapia e, em casos graves, cirurgia. Procure um ortopedista para diagnóstico e tratamento eficaz.

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