PACIENTE
ARTROSE
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a artrose atinge quinze milhões de brasileiros. Além disso, ela ocupa a quarta posição de enfermidades que diminuem a qualidade de vida, o que é bastante preocupante para uma população que está envelhecendo e que, em menos de dez anos, tem a estimativa de se transformar na sexta maior população de idosos do planeta.
A doença atinge, principalmente, as cartilagens, fazendo com que as mesmas percam a função deslizante das articulações e juntas dos ossos. Além disso, ela afeta ligamentos e a membrana e seu líquido sinovial, que têm a importante função de revestir e lubrificar o tecido cartilaginoso.
A artrose agrava com o passar do tempo.
Muitos pacientes ficam preocupados ao descobrirem que a doença não tem cura e que ela agrava com a passagem dos anos. Porém, com o tratamento adequado é possível retardar a progressão da enfermidade, aliviando as dores causadas e promovendo a melhora da função articular. Reforço aqui a importância de buscar um profissional especialista para detectar e tratar a afecção o mais cedo possível.
Para melhor entendimento, a osteoartrite ou artrose divide-se em dois grupos:
- Primário – quando a doença é causada pelo uso intensivo da articulação ou pelo envelhecimento natural que acontece nos indivíduos (mais comum e em geral a partir dos 60 anos de idade).
- Secundário – a afecção acontece como sequela de enfermidades já existentes. Doenças reumáticas, traumas, cirurgias, osteonecrose, obesidade, entre outros exemplos, podem ser causas do quadro.
Como detectar a presença da artrose
- Dores nas articulações;
- Rangidos;
- Inchaço,
- Limitação dos movimentos;
- Rigidez articular.
Ressalta-se que o tempo é fundamental para o controle da doença. Ainda não existem métodos para impedir por completo a evolução da artrose, mas existem meios para retardar sua piora e para evitar a dor.
A melhora da flexibilidade e da força dos músculos do ombro, obtidas pela ação da fisioterapia, é ponto crucial, pois diminuem os efeitos de rigidez da articulação com artrose. Além desses efeitos, essa terapia permite também alívio da dor por meio de aparelhos aplicados pelo fisioterapeuta na articulação doente, como ultrassom, TENS e laser, auxiliam no controle da dor do paciente.
No campo de medicamentos, o tratamento utiliza muito os analgésicos de efeito rápido, como paracetamol, dipirona e derivados de opióides (tramadol, codeína e morfina). Antiinflamatórios não hormonais também podem ser usados, com controle da dor e do grau de inflamação da articulação, mas seu uso por longo período, principalmente em pacientes mais idosos, pode gerar efeitos colaterais importantes, portanto devem ser usados com cuidado e acompanhamento de seu ortopedista.
Existem medicações que tentam ser modificadoras da evolução da doença. São mais novas e seu efeito na artrose do ombro ainda são controversos. Tendem a retardar ou estabilizar a degeneração da articulação, prevenindo a piora da artrose. As mais conhecidas são a diacereína, a glucosamina, a condroitina e o ácido hialurônico, este último injetável.
Quando a artrose é grave e os sintomas não apresentam melhora com o tratamento não operatório, a cirurgia pode ser indicada.
Para os casos mais leves de artrose, a artroscopia para limpeza articular é uma alternativa.
Para os casos mais graves, com dor limitante e não controlada, a prótese ou artroplastia do ombro é a cirurgia que apresenta os melhores resultados.
Recomenda-se acompanhamento com ortopedista especialista na área, principalmente no início do quadro, afim de ser feito um controle da velocidade de evolução e também maior segurança no momento em que uma cirurgia for o próximo passo a ser realizado.