SÍNDROME DO MANGUITO ROTADOR

A lesão do manguito rotador (MR) é a doença mais recorrente dos ombros. Por ser degenerativa e traumática, ela costuma afetar a mobilidade do indivíduo, principalmente daqueles que fazem uso de auxiliadores da marcha. Essa é uma contusão que surge, normalmente, em pacientes que estão acima dos quarenta anos, idade onde o processo de degeneração orgânica se inicia.

Importante destacar que, segundo as previsões do IBGE, haverá, em até dez anos, a inversão da pirâmide da faixa etária brasileira, ou seja, os anciãos superarão a população jovem, e essa transformação, que já está acontecendo, apresenta impactos na área da saúde. Assim, é importante estar atento aos sinais de dor e dificuldade de mobilidade o quanto antes para encaminhamento e tratamento ortopédico.

O manguito rotador tem como função primária a estabilização e equilíbrio da cabeça do úmero em relação à glenóide. Ou seja, uma ruptura pode fazer com que o paciente perca a função do órgão acometido.

Os 3 estágios da doença:

• Estágio 1: Jovens

A patologia apresenta edema, inflamação, hemorragia da bursa e dos tendões do manguito rotador;

• Estágio 2: Entre 20 e 40 anos

Nessa fase está prevista a maior densidade da bursa e fibrose dos tendões;

• Estágio 3: Pacientes acima dos 40 anos

Nesse caso acontece a ruptura completa do manguito rotador, normalmente acompanhada de transformações ósseas da cabeça do úmero e do acrômio.

O tratamento é comum a todos os estágios da afecção, portanto, o profissional especialista realiza avaliação clínica e soma a ela os resultados dos exames de imagem para o diagnóstico e definir a terapêutica mais indicada. Medicações e terapias tradicionais são bastante utilizadas para a reversão do quadro, principalmente em pacientes onde o processo cirúrgico é contra-indicado. Cirurgias podem ser indicadas, mas são menos frequentes. As técnicas podem ser clássica ou artroscópica, sendo a última mais indicada por ser mais moderna, menos invasiva e, portanto, de mais rápida recuperação.